A engenharia social é a primeira arma dos criminosos para fisgar o usuário desatento. Além de monitorar nossas redes sociais, sempre atrás de brechas, os larápios sempre estão atentos aos últimos acontecimentos, para “surfar na onda” e aplicar golpes.
A Blue Coat, referência em tecnologia de segurança empresarial que mantém um alerta permanente diante destas práticas, identificou um malware escondido em mensagens intituladas “Je suis Charlie”, slogan que viralizou após o massacre que vitimou a equipe do periódico Charlie Hebdo em Paris.
O malware é o conhecido DarkComet RAT (chamado também de Fynlonski), uma ferramenta de administração remota gratuita que, pela sua facilidade de uso e variedade de suas características, permanece na dianteira por todos os tipos de cibercriminosos, de iniciantes a ativistas, até hackers mais maldosos.
A armadilha traz uma imagem de um bebê recém-nascido com uma pulseirinha com a inscrição “Je suis Charlie”. A imagem parece ter sido retirada a partir de fontes públicas. Após infectar o sistema, o malware envia uma falsa mensagem de erro em francês para enganar o usuário, fazendo-o pensar que abriu uma versão do MovieMaker. A mensagem reforça a impressão de que o ataque foi projetado para usuários franceses. A Blue Coat já informou as autoridades francesas da existência deste malware.
“Continuaremos monitorando as atividades deste malware. Por enquanto, fica o alerta para outros cibercriminosos que podem tirar proveito dos acontecimentos que chamam a atenção do público e da mídia. Infelizmente, nem assuntos delicados podem impedir que criminosos não tirem proveito”, avalia Marcos Oliveira, diretor geral da Blue Coat no Brasil.
Fonte:B!T Magazine