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O dinheiro desviado da Petrobrás no esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato foi usado para financiar a compra de helicópteros, lanchas e carros importados, mas também pagou pelos serviços de prostituição de luxo com "famosas" da TV e de revistas para diretores da estatal e políticos, segundo relatos de delatores às autoridades do caso À Folha de São Paulo.

A revelação foi feita pelo doleiro Alberto Youssef e seu emissário, Rafael Angulo Lopes, ao Ministério Público e à Polícia Federal, quando perguntados sobre expressões como "Monik" e "artigo 162" usadas nas planilhas nas quais registravam o fluxo do dinheiro do esquema de corrupção. Segundo os delatores, só em 2002 foram gastos cerca de R$ 150 mil para este fim. As prostitutas de luxo cobravam até R$ 20 mil por programa, ainda de acordo com a Folha, que revela que a expressão "artigo 162" era uma referência ao número do endereço de uma cafetina conhecida como "Jô", que agenciava os programas para os dirigentes da Petrobras e políticos.

Festas particulares com as prostitutas também eram financiadas pelo dinheiro do esquema. Uma delas, realizada no terraço do hotel Unique, em São Paulo, foram gastos R$ 90 mil principalmente em bebidas, de acordo com os delatores.

De acordo com a publicação, um comprovante de transferência bancária de um ex-diretor da Petrobras para uma garota conhecida na mídia, no valor de R$ 6 mil, foi encontrado em uma das buscas autorizadas pela Justiça na Lava Jato, e ficou famoso entre os investigadores do caso.

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